O retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos tem alguma relação com as profecias do Apocalipse?
Qual relação da vitória presidencial de Donald Trump e a profecia? Sempre que um novo presidente ou Papa assume o poder, aparecem teorias sobre o cumprimento de certas profecias. Quem acompanha meus textos sabe que eu procuro escrever sem alarmismos, focado apenas no que foi revelado e considerando outros possíveis cenários. Aqui no blog já escrevi sobre a imagem da besta e suas implicações, além de fazer outras considerações sobre o tema, como neste link aqui. Entretanto, antes de qualquer supostas aplicações, precisamos entender os seguintes pontos:
1. As profecias estão em constante cumprimento. Por isso é muito difícil apontar um evento específico como sendo um cumprimento de um ponto em especial.
2. A função da profecia é nos manter em alerta e mostrar a proximidade dos fins dos tempos. Precisamos manter o olhar atento às instruções de Deus quanto ao modo de viver e não ficar “encaixando” todos os eventos em alguma profecia.
3. As profecias se cumprirão. Todos os vivos passarão pelos eventos, sendo céticos ou não. Mas não é possível identificar exatamente em que momento estamos vivendo.
Religião e política no Estados Unidos
Em vários momentos da história dos Estados Unidos da América a religião interferiu na política. Durante a administração Ronald Reagan, que era visceralmente religioso, o nível de envolvimento direto e de fusão entre religião e política foi visível. Entretanto, do ponto de vista profético, o que vemos hoje nos Estados Unidos com o forte movimento religioso que apoia Donald Trump não tem precedentes recentes na história do país.
A chamada “Maioria Moral”, que procurava influenciar as políticas do país no governo de Reagan e que era liderada por movimentos religiosos conservadores, não tinha a mesma influência que vemos hoje. Além disso, o contexto profético não oferecia o mesmo cenário de agora.
O apoio a Trump vai além da simples influência política, pois é praticamente um movimento messiânico. Esse “nacionalismo cristão”, onde a identidade religiosa se entrelaça com a política, lembra a profecia do Apocalipse sobre a formação da imagem da besta, que é uma união entre a Igreja e o Estado para impor normas religiosas pela força.
Como observadores da profecia, devemos ficar mais atento do que nunca, e reafirmar nosso compromisso com os princípios bíblicos morais, principalmente a eterna validade dos 10 MANDAMENTOS da Lei divina. Além disso, precisamos nos concentrar na mensagem do terceiro anjo, convidando as pessoas a reconhecerem a verdade antes que seja tarde demais.
Apocalipse 13:11-17 – A imagem da besta
“Então vi outra besta saindo da terra; e ele tinha dois chifres como os de um cordeiro, mas falava como um dragão.” (v.11)
Conforme já expliquei aqui no blog sobre o que é a imagem da besta, esta profecia aponta para os Estados Unidos (a besta que surge da terra) que, embora partindo de princípios de liberdade, pois seus chifres(poder) são “como de um cordeiro”, acabará por falar “como um dragão”, isto é, exercerá a coerção para atingir seus objetivos. A formação da “imagem da besta” implica que este poder adotará características do papado(a primeira Besta), buscando a união da Igreja com o Estado para impor leis religiosas. Sobre este tema falarei mais claramente sobre esta em outro texto.
Paulo advertiu em II Tessalonicenses 2:3-4 ,que antes da segunda vinda de Cristo haveria uma grande apostasia dentro do Cristianismo, preparando o caminho para um poder que tomaria, por usurpação, o lugar de Deus na terra. Podemos ver o cumprimento dessa profecia quando a igreja da idade média trocou a verdade bíblica pelas tradições seculares e se uniu ao poder civil para impor as suas crenças, mudando os tempos e a lei. (Daniel 7:25)
O profeta Daniel previu esses acontecimentos no contexto da visão dos 4 animais(bestas), que segundo a própria interpretação profética significam reinos, ou poderes, para ser mais didático. Leia Daniel 7
A apostasia e o homem do pecado, segundo o Apóstolo Paulo
“Não deixe ninguém te enganar de forma alguma; Porque isso não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia, e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe e se exalta contra tudo o que se chama Deus ou que é objeto de adoração…” 2 Tessalonicenses 2:3-4
Este texto é uma advertência de Paulo aos Tessalonicenses que pensavam que a volta de Jesus estava muito próxima, nos dias deles. Paulo aponta para o “homem do pecado”, que tentaria parecer Deus, tomando para si, inclusive, adoração. no Século IV, o Estado se uniu à igreja cristã através da conversão de Constantino. Desde então, tradições pagãs foram inseridas nos rituais cristãos e deles tomaram lugar. A figura do bispo foi investida de honras e poderes jamais imaginados e, desde então, a nova igreja se empenhou em mudar a lei de Deus.
Durante toda idade média, a igreja buscou afastar o evangelho da sua simplicidade e enchê-lo e rituais pagãos. Retirou todos os traços judaicos do cristianismo, substituindo, dentre outras coisas, o sétimo dia da semana pelo primeiro dia como dia de guarda.
Por mais de mil anos – a profecia aponta exatamente 1260(Apocalipse 12:6)- a igreja papal dominou, perseguindo aqueles que a ela se rebelassem. Dentre outras aberrações, proibiu a leitura da Bíblia e matou milhares de cristãos que não concordavam com a sua doutrina. O homem do pecado, citado por Paulo, deve voltar com nova roupagem, formando um poder semelhante, fundindo política e religião em um mesmo Estado. É o que o Apocalipse chama de Imagem da Besta.
A formação da imagem da besta
A Bíblia nos avisa que nos últimos tempos haverá uma coligação entre religião e política que tentará impor a adoração falsa. A Vitória de Donald Trump reflete a crescente influência dos movimentos religiosos na política americana e até mundial, e isso é um sinal claro de que estas profecias estão a ser cumpridas. Entretanto, Trump pode ser uma agente nesse processo, mas não é possível dizer qual seu real papel até que vejamos as coisas acontecerem. Deus nos chama para sermos vigilantes, para nos apegarmos à Sua Palavra e para proclamarmos amorosamente a mensagem do terceiro anjo de Apocalipse 14, alertando o mundo sobre o perigo de adorar a besta e a sua imagem.