Os quatro pilares da vida cristã são: Adoração, comunidade, caridade e expansão. Esses pilares são diferentes dos pilares do cristianismo de Lutero, por exemplo, já que o reformador tratou da questão doutrinária, enquanto neste caso, trata-se da questão da prática cristã.
Para Lutero, os pilares do cristianismo eram:
Sola Scriptura (Somente as Escrituras),
Solus Christus (Somente Cristo),
Sola Gratia (Somente a Graça),
Sola Fide (Somente a Fé) e
Soli Deo Gloria (Somente a Deus a Glória).
Observando do ponto de vista doutrinário, nem precisa fazer esforço para verificar que o cristianismo abandonou esses pilares, substituindo-os pela satânica doutrina da prosperidade, da graça barata(que menospreza o sacrifício de Cristo) e da adoração a líderes e mentores.
Além dos cinco pilares de Lutero, temos também os pilares da mordomia cristã e as colunas da verdade, todos interligados, um complementando o outro.
Já os pilares da vida cristã são o reflexo de todos os outros. Somente através da prática que sabemos em que nível o cristão está em termos de experiência. Então vamos explicar cada um deles.
1 – Primeiro pilar da vida cristã: Adoração
Adoração é a prática mais individual do cristão. Pois adorar ao Criador como único Deus e a Jesus como único salvador é mais que ir a igreja. É prestar culto à divindade de forma consciente, racional e individual. O SHEMÁ(שמע ישראל) é a profissão de fé do Israelita, e foi confirmada por Jesus na tentação.
Portanto, a adoração é composta de oração, louvor, reverência, comunhão e sacrifício. Entre os cristãos, a entrega de ofertas e votos faz parte desse processo.
2 – Comunidade
O cristianismo é uma comunidade. Muito mais que uma questão denominacional, essa comunidade é formada por todos os cristãos em todo planeta e é parte do corpo de cristo. A comunidade cristã deve oferecer apoio mútuo aos membros mais fracos na fé, bem como assistência emergencial àqueles mais necessitados. A comunidade também promove cultos e unge a liderança para o Ministério. Deveria ser uma organização simples, mas foi transformada em um clero inacessível e arrogante, autossuficiente e explorador. Que D’us os julgue.
3 – Caridade
A caridade é a parte mais visível do cristianismo entre os incrédulos. Não se trata de expropriação de bens ou de voto de pobreza. Os pobres estarão sempre perto para serem abençoados por aqueles que podem abençoar. Os cristãos devem entender que estão nesse mundo para aliviar a dor de quem precisa, seja financeiramente ou espiritualmente. O simples cumprimento dessa ordem – ser a luz do mundo e o sal da terra(Mateus 5:13) – traria maior poder ao cristianismo que qualquer estrutura organizacional. Basta observar os efeitos causados pela ação da igreja primitiva, relatados em Atos do Apóstolo, nos capítulos de 2 a 5.
O não cumprimento dessa tarefa constitui-se falta grave, digna do fogo do inferno, como ilustrado na parábola do grande julgamento, escrita em Mateus 25: 31-46.
4 – Expansão
A grande ordem de Cristo é: Ide! façam discípulos de todas as nações e batize-os. Mateus 28:19-20
Toda existência da igreja deve ser baseada em projetos de expansão, pois não é um clube social, uma organização financeira ou um cabide de empregos para ministros e membros. Portanto, não pode existir por si mesma, pois ela foi criada para pregar o evangelho eterno, a eternidade da lei de Deus e a chegada do seu juízo, conforme escrito em Apocalipse 14: 6 e 7.
A igreja que se considera farta, rica e sem necessidades é citada como morna e a ponto de ser rejeitada por seu cristo. Ap. 3:14-22
A igreja do tempo do fim
Jesus advertiu aos cristãos que a igreja do tempo do fim estaria morna e que o amor esfriaria em quase todos, conforme Mateus 24:12.
Entretanto, isso é uma condição e não uma determinação. O remanescente, que guarda os mandamentos de Deus e a fé de Jesus persevera até o fim e é salvo. Ou seja, a igreja verá o joio crescer em seu seio até que ele seja arrancado. Aquele que quer receber a herança reservada aos santos deve permanecer fiel até o fim, mesmo diante de injustiças e imoralidades. Que D’us nos guarde de todo mal.
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